sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Crianças sem certidão de nascimento têm nome!

Crianças sem certidão de nascimento têm nome! Um terço dos bebês indígenas estão sem registro civil Veja história publicada no site do UNICEF sobre o sub-registro e sobre o combate a violação de um direito tão básico para todo brasileiro: o direito a ter um nome! No Brasil, toda criança tem direito ao registro civil de nascimento. No entanto, mesmo com os avanços registrados no país, ainda existem 600 mil crianças de até 10 anos não registradas, de acordo com o último Censo realizado em 2010. Grande parte dessas crianças é indígena. Cerca de 32% da população indígena com até 10 anos de idade não possui registro, enquanto que a média nacional é 2%. Invisíveis aos olhos do Estado, esses meninos e meninas sofrem com a violação desse e de outros direitos. Não podem, por exemplo, completar os estudos, enfrentam dificuldades para ter acesso aos serviços de saúde ou aos benefícios de programas sociais do governo. Por não terem uma prova legal do nome e da idade, as crianças sem registro são mais expostas ao trabalho infantil, à exploração sexual e ao tráfico de pessoas. Também correm risco de serem julgados como adultos se entrarem em conflito com a lei. No futuro, não poderão exercer seu direito a votar ou casar. Júnior Francisco Ramos seria mais uma dessas crianças invisíveis se não fosse uma das iniciativas do UNICEF, a Semana do Bebê Indígena. O menino de origem Ticuna nasceu no dia 6 de junho de 2013 e havia sido indicado para representar as crianças de sua comunidade, Umariaçu II, localizada no município de Tabatinga, a 1.100 quilômetros de Manaus (AM). Mas não pôde receber o título de Bebê Cacique, símbolo da garantia dos direitos de crianças na primeira infância, porque não tinha o registro de nascimento. Veja as ações da UNICEF e desfecho desta história aqui. A certidão de nascimento é um direito tão básico e aparentemente tão fácil de ser garantido para a maioria de nós, que ficamos com uma pergunta que precisa ser respondida. Por que para 600.000 brasileirinhos este direito é negado? De acordo com a Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o sub-registro acontece por várias razões, todas elas relacionadas ao problema maior da desigualdade sócio-econômica do país: Distâncias dos cartórios; Custos de deslocamento; Desconhecimento da importância do registro; Ausência de cartórios em alguns municípios; Dificuldades de implementação de políticas de fundos compensatórios para os atos gratuitos do registro civil; Mães que adiam o registro de filhos que não têm o reconhecimento inicial ou espontâneo da paternidade; Dificuldade de comprovação por parte dos pais que também perderam ou nunca foram documentados, algo que afeta principalmente aqueles que vivem em entidades de abrigo, a população de rua, as pessoas com transtorno mental, além da população migratória que chega à região de destino sem documentação e não consegue registrar os filhos. a história de Sônia Maria Francelino da Silva (publicada na Edição 26 da Revista Mãos Dadas) revela mais uma causa não listada acima: o descaso e o mal trato dos cartórios da comarca de Recife. Uma família inteira, atingindo até a terceira geração, ficou sem registro por conta de um incêndio no cartório local. Confira a história aqui Qualquer que seja a razão pela qual uma criança se encontre privada de seu registro de nascimento, é fato que a ausência deste documento a colocará em situação ainda mais vulnerável diante de outros direitos como alimentação, educação, habitação, direito de ir e vir, etc. Nós da Rede Mãos Dadas acreditamos que em primeiro lugar, é possível erradicar este problema no Brasil, e que em segundo, vamos precisar da boa vontade de todos, especialmente das pessoas, igrejas e organizações localizadas na Região Norte do Brasil onde se concentram a maioria das crianças sem registro no país. Se você trabalha em missão na Região Norte ou junto a algum grupo étnico cujo problema do sub-registro é uma realidade, aproprie-se da Campanha Semana do Bebê do UNICEF

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Infecção urinária

Infecção urinária Por Débora Carvalho Meldau A infecção urinária é uma patologia que afeta qualquer parte do aparelho urinário, desde os rins, a bexiga, até a uretra. É decorrente da presença de agentes infecciosos em alguma parte do sistema urinário, sendo que quando afeta os rins, recebe o nome de pielonefrite; quando acomete a bexiga, é chamada de cistite; quando atinge a uretra, recebe o nome de uretrite. A bactéria que habitualmente é responsável pelas infecções urinárias é a Escherichia coli, que compõe a flora intestinal normal dos seres humanos. Embora possa afetar indivíduos de ambos os sexos e de todas as idades, é mais comumente observada em mulheres. Todavia, essa relação é invertida durante o primeiro ano de vida, quando esta patologia é mais comum em meninos. A infecção urinária afeta mulheres com maior frequência, devido a fatores anatômicos, uma vez que a uretra desemboca próximo à entrada da vagina, local onde a flora bacteriana é abundante. Outro ponto que auxilia na ocorrência desse tipo de infecção, é o hábito de higiene após defecar ou urinar, levando o papel higiênico na direção ânus-vagina, facilitando a migração de bactérias intestinais até a vulva. Além disso, a uretra feminina é muito mais curta quando comparada com a masculina, facilitando o caminho desses microrganismos até a bexiga. A estase urinária também é um fator importante no desenvolvimento de infecções urinárias, já que a urina estagnada contribui com a proliferação bacteriana. Outros fatores que colaboram para o aparecimento de infecções urinárias são: Gravidez, pois nessa época da vida da mulher, há uma diminuição da defesa do organismo da mesma, bem como aumento do hormônio progesterona, que causa um relaxamento maior da bexiga, favorecendo a estase urinária; Diabetes; Climatério; Obstrução urinária, quando algum fator está impedindo o fluxo urinário; Inserção de corpos estranhos na uretra, pois estes podem carrear bactérias para o interior do trato urinário; Moléstias neurológicas, pois estas podem interferir no esvaziamento da bexiga; Doenças sexualmente transmissíveis; Infecções ginecológicas. Dentre as manifestações clínicas observadas em infecções do trato urinário estão: Dor e ardência ao urinar; Dificuldade para iniciar a micção; Urgência miccional; Vontade de urinar diversas vezes ao dia e em pequenas quantidades; Urina com mau odor e coloração alterada; Hematúria (urina com sangue) em certos casos. Quando a infecção alcança o rim, o quadro é mais preocupante, podendo o paciente apresentar febre, calafrios, dor lombar, náuseas e êmese. O diagnóstico é feito com base no quadro clínico apresentado pelo paciente, juntamente com exame de urina, o qual pode evidenciar a presença de bactérias na urina e também outros sinais que auxiliam no diagnóstico. A urocultura também costuma ser solicitada, sendo que esta ajuda na identificação da bactéria causadora da infecção. Em alguns pacientes, especialmente crianças e indivíduos com histórico de infecção urinária, se faz necessária a realização de exames de imagem, como a ultra-sonografia e radiografias com contraste das vias urinárias, entre outros. Estes exames auxiliam na evidenciação de defeitos congênitos que favorecem o desenvolvimento deste tipo de infecção. O tratamento é feito por meio do uso de antibióticos, sendo este normalmente escolhido de acordo com o resultado da urocultura. A duração do tratamento varia de acordo com o tipo de infecção urinária e o antibiótico de escolha. É de extrema importância que o tratamento seja realizado por completo, de acordo com a prescrição do médico, para evitar recidivas. A prevenção das infecções urinárias é feita através da adoção de algumas medidas: Ingestão de bastante líquido ao longo do dia; Evitar reter urina, devendo urinar sempre que sentir necessidade; Praticar relações sexuais com proteção; Urinar após as relações sexuais; Não utilizar antibióticos indiscriminadamente. Para as mulheres, outros cuidados também devem ser tomados, como: Limpar-se sempre de frente para trás, após utilizar o toalete; Lavar a região perianal depois de evacuar; Evitar o uso por longos períodos de absorvente íntimo; Evitar o uso constante de roupas íntima de tecido sintético. Fontes: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4781&ReturnCatID=1746 http://www.portaldeginecologia.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=30 http://www.copacabanarunners.net/infeccao-urinaria.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Infec%C3%A7%C3%A3o_do_trato_urin%C3%A1rio

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Alegria: A força dos incansáveis, o segredo das criancinhas


A fé remove montanhas, enquanto a alegria nos ajuda a transpor aquela montanha que insiste em não sair do lugar! Os primeiros dois anos da experiência humana são cheios de grandes obstáculos. Começa com uma série de grandes desafios: aprender a mamar, engatinhar, levantar e se sustentar, andar e se comunicar. Para o bebê, quando a mamãe aparece, ela existe; quando ela desaparece, não existe. Ele tem de aprender que algo existe mesmo quando ele está não vendo. Tarefa fácil para ele? O choro desconsolado de um bebê “abandonado” diz tudo.

Dois comportamentos são universais nessa fase tão exigente do desenvolvimento humano: o choro e o riso. As crianças sempre praticaram o que os cientistas hoje acreditam ser formas muito importantes para se lidar com o estresse e com as circunstâncias difíceis da vida. Portanto se quisermos enfrentar grandes obstáculos, precisamos fazer como os bebês: às vezes chorar, às vezes rir, e sempre que possível chorar de tanto rir!

De que alegria estamos falando?
É comum confundirmos o estado interno de alegria com suas expressões externas que incluem o riso, a brincadeira, o senso de humor. O bebê não sabe mentir, portanto o seu riso significa alegria, prazer, contentamento. O choro, por sua vez, demonstra desconforto, medo, ansiedade, dor.

Mas o adulto é muito bom no engano. É possível estarmos tristes, abatidos, e mesmo assim continuarmos nos comportando como se estivéssemos alegres. As crianças são as primeiras a notar que não estamos bem.

A alegria é um contentamento profundo que não está limitado ou totalmente determinado pelas circunstâncias. Olhando pela perspectiva cristã, a alegria é um dom de Deus e, como todos os outros dons, pode ser experimentada mesmo diante de grandes dificuldades. Se a vida nos obriga a subir a montanha, que encaremos a subida com bom humor e entusiasmo!

É assim que as criancinhas fazem. O bebê expressa profundo contentamento quando, ao terminar de mamar, fecha os olhinhos e dá um suspiro satisfeito. E o prazer de brincar com água? Na água, ele expressa uma alegria travessa que acha uma delícia a descoberta e as novas sensações. O bebê celebra a chegada de cada pessoa amada fazendo festa com os bracinhos para cima e uma risada gostosa.

“As crianças acham tudo em nada, os homens não acham nada em tudo”1, afirmou Giacomo Leopardi, poeta italiano do século 19. Talvez seja por isso que Jesus insistiu em lembrar o que o salmista já havia dito: “Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor” (Mt 21.16).

Por que a alegria é importante em nosso trabalho?
Primeiro, porque um ambiente alegre pode evitar que a criança perca sua alegria natural. A criança é alegre por natureza. São modelos para nós. Por outro lado, é fato que as crianças também olham para nós como modelos do que será apropriado para elas quando se tornarem pessoas adultas. É comum acharem que adultos não choram. Já pensou que triste se o nosso mau humor levar uma criança a pensar que os adultos além de não chorarem também não se divertem, não gostam de rir, não brincam, não acham graça em nada, não se alegram?

Precisamos então reaprender com as crianças a desfrutar todas as coisas simples ao nosso redor e exercitar o bom humor.

“O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior”, diz Alfred Montapert, escritor francês2. Será que ele andou lendo os sábios do mundo antigo? “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos” (Pv 17.22).

Mais importante ainda é servir de modelo para aquelas crianças que já assimilaram o cinismo, a desesperança e a apatia do ambiente agressivo e pouco acolhedor que as cerca.

Segundo, porque a alegria é um fator importante que gera resiliência3 nas crianças.

Veja o que diz a psiquiatra Alicia Gorgal sobre o senso de humor: “Ele implica o reconhecimento da imperfeição, do sofrimento, e permite reconhecer a dor sem deixar-se destruir por ela. Crescer e viver em ambientes nos quais o senso de humor é promovido, nos quais desfrutar, criar, rir e sonhar fazem parte do cotidiano, favorece a aceitação dos fracassos, a confiança, mesmo quando as coisas saem mal, a criatividade e a possibilidade de aceitar a imperfeição em si mesmo e nos outros, sem que isso nos destrua”.4

Terceiro, porque o riso, a alegria e a descontração são contagiantes e formam elos de amizade muito importantes entre as pessoas. Nós nos lembramos muito mais facilmente dos adultos alegres da nossa infância do que dos “estraga-prazeres”.

De que forma podemos cercar nossas crianças com a alegria?
São tantas as formas, que não seria possível enumerar todas. Só o fato de estar aberto para as crianças já é um bom começo. Mas podemos citar mais algumas:

Colocar a criança em contato com pessoas alegres. Ou seja, não é só o educador social que precisa ser uma pessoa de bem com a vida. Cozinheiras, encarregados de limpeza, recepcionistas, motoristas, todos que estão ali servem como espelhos para as crianças. E aqui cabe uma auto-avaliação séria: se você não gosta do que faz, não se realiza nesse trabalho, será que não seria melhor procurar uma outra ocupação? Às vezes o problema é mais circunstancial, relacionado a uma fase que estamos vivendo. Nestes casos precisamos buscar ajuda e tentar resolver nossas insatisfações o mais rápido possível, antes que o nosso “azedume” contamine as crianças.

Proporcionar um ambiente em que a leveza, a descontração, a liberdade de expressão e o bom humor são valorizados. Não há nada que mate mais a alegria em qualquer ambiente que o conflito, a disputa, a falta de integração na equipe. Uma equipe integrada, onde cada um respeita as competências e as limitações uns dos outros, tem prazer no trabalho que realiza como um todo. Isto significa que a equipe precisa criar vínculos de amizade e camaradagem. É importante investir tempo em reuniões de planejamento, monitoramento e avaliação. Mas não vamos nos esquecer de proporcionar também momentos de lazer e recreação para nós mesmos enquanto equipe.

Utilizar a recreação, o jogo, a brincadeira como linguagem privilegiada no trabalho com as crianças. O antropólogo e educador popular Tião Rocha, fundador do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), conta que no começo de seu trabalho, na região de Curvelo (MG), ele se fez a seguinte pergunta: é possível fazer educação de qualidade debaixo de uma mangueira? Tião conta que reuniu vários livros infanto-juvenis e colocou-os à sombra de uma árvore. Ao lado reuniu um monte de sucata. Desafiava as crianças a lerem os livros e em seguida inventarem algo com as sucatas. As crianças começaram a responder positivamente. Era divertido. No caso das que ainda não sabiam ler, ele mesmo lia para elas. Depois de algum tempo, uma professora da rede pública veio conversar com ele: “Por que meu aluno anda vários quilômetros para vir aqui ler sendo que ele não quer ler na escola?”. Tião respondeu: “É muito simples: lá é dever, aqui é prazer”.

Não é possível exercermos um impacto positivo sobre as crianças sem levarmos em conta como elas são, o que dizem e o que querem. Uma coisa é certa: elas não querem a tristeza. E, graças a Deus, a alegria é uma promessa acessível a todos: “Mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam” (Is 40.31, NVI). Quem espera no Senhor faz duas coisas que toda criança contente adora fazer: andar e correr. E a terceira coisa vem como brinde: voar!
























Notas
1. www.pensamentos.aaldeia.net.
2. Idem.
3. Resiliência é um termo psicológico usado para descrever um conjunto de
qualidades de certas pessoas que promove a adaptação e transformação saudável
apesar do risco e da adversidade.
4. Mãos à Ofi cina, pág 29.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Oficina treina educadores e adolescentes contra os maus-tratos


Adolescente "vacina" adultos contra os maus-tratos

37 pessoas (25 educadores e 12 adolescentes) participaram da oficina “Como realizar a campanha de vacinação contra os maus-tratos” em Sorocaba (SP) nos dias 9 a 11 de novembro. A campanha foi idealizada pela Juventud para Cristo do Uruguai, que enviou dois educadores para ministrar o conteúdo do evento: o psicólogo Alberto Vazquez e a assistente social Luciana Noya. A campanha já foi realizada em diversos países, entre eles, Peru, Equador e Bolívia. Esta oficina fez parte das atividades da Campanha Latino-americana pelos Bons Tratos da Criança, organizada pelo Movimento Cristão Juntos Por La Niñez. No Brasil, ela é liderada pela Rede Mãos Dadas.

Com uma metodologia participativa e divertida, os presentes aprenderam a importância de valorizar a criança e como defendê-la contra a violência. Alberto Vazquez diz que a proposta é orientar as próprias crianças e adolescentes das instituições, para que eles sejam os protagonistas da campanha. “São eles que fazem o convite aos adultos, para começar a conscientização e mudança de hábito. A participação deles é o diferencial”, afirmou.

A oficina foi encerrada com a realização da Campanha de Vacinação contra os Maus-tratos nas ruas de Sorocaba. Com caras pintadas, vestindo a camisa da campanha e distribuindo folhetos e balas, os participantes da oficina abordaram dezenas de pessoas nas ruas e praças. Com alegria, foi possível transmitir a mensagem contra a violência de crianças e adolescentes.

Grupo sai pelas ruas na Campanha de Vacinação contra os Maus-tratos

Para Carlos Más, diretor da Associação Refúgio e coordenador da Campanha Latino-americana pelos Bons Tratos da Criança no Brasil, a oficina “foi um sucesso. Tivemos várias organizações participando, vindas de cinco Estados e um bom número de adolescentes e jovens. Alberto e Luciana cativaram a todos com a forma descontraída e, ao mesmo tempo, profunda com que desenvolveram os temas que cercam a campanha”.

A oficina foi organizada pela Associação Crianças de Belém, Associação Refúgio, Exército de Salvação, Programa CLAVES, Rede Mãos Dadas, com o patrocínio da Secretaria Municipal de Juventude de Sorocaba (SP), e o apoio da Igreja Presbiteriana Filadelfia e o Projeto Morumbi.

Adolescentes participaram de oficina contra maus-tratos

As organizações que participaram da oficina foram as seguintes: Programa Claves Brasil (SP), Casa de Assistência Filadélfia (SP), Visão Mundial (PE), Associação Beneficente Filádélfia (SP), Exército da Salvação (SP), GRASA – Grupo de Apoio ao Combate a Droga e Álcool Santo Antônio (Sorocaba), Secretaria da Juventude (Sorocaba), Associação Bom Pastor (Sorocaba), Igreja Presbiteriana de Viçosa (MG), Cristã da Família (SP), Edificando Cristo (SP), Exército da Salvação (SC), Prefeitura de Sorocaba – NAIS (Sorocaba), Exército da Salvação (RJ), Centro Evangélistico Vale da Benção (Araçariguama – SP).

Crédito das fotos: Alexandre Gonçalves. Veja o álbum completo aqui

Clique aqui e baixe a cartilha sobre como realizar a Campanha de Vacinação contra os Maus-tratos

sábado, 1 de outubro de 2011

O tamanho do desafio

O tamanho do desafio
Família

No mundo:
- 100 milhões de crianças e adolescentes passam a maior parte do seu tempo nas ruas;
- 13 milhões de crianças e adolescentes se tornam órfãos devido a AIDS;
- 750 mil crianças e adolescentes no Reino Unido não vêem seus pais por causa do materialismo.

No Brasil:
- 35,9% da população total é constituída por crianças e adolescentes (de 0 a 17 anos). Em números absolutos, são 61 milhões de crianças e adolescentes;
- Uma em cada três famílias com crianças de 0 a anos (30,5%) vive com uma renda familiar per capita igual ou inferior a meio salário-mínimo, ou seja, R$ 3,00 por dia por pessoa.
- Um em cada cinco bebês nascidos são de mães adolescentes. A porcentagem de gravidez durante a adolescência subiu 15,3% em 1991 para 20% em 2002.


Educação

No mundo:
- 130 milhões de crianças e adolescentes não têm acesso à educação;
- Na Índia, 100 milhões de crianças e adolescentes abandonam a escola;
- A Tanzânia gasta 9 vezes seu orçamento com a saúde e 4 vezes seu orçamento com a educação, com o pagamento de dívidas.

No Brasil:

- A cada ano, 30 mil adolescentes passam por entidades de privação de liberdade. Cerca de 60% deles estão cumprindo penas inadequadas e sendo submetidos a medidas sócio-educativas ineficazes;
- Em 2002, 11,73% dos estudantes do Ensino Fundamental e 9,09% do Ensino Médio foram reprovados. Os números representam 4,8 milhões de reprovações entre os 51 milhões que terminaram o Ensino Básico em 2002.


Alimentação e Saúde

No mundo:

- 160 milhões de crianças são mal nutridas;
- 600 milhões de crianças vivem com menos de um dólar por dia;
- 2 milhões de crianças morrem todos os dias por não terem sido imunizadas;
- 30 mil crianças morrem a cada dia de doenças que poderiam ser evitadas;
- 250 mil crianças e adolescentes são infectados pelo vírus da AIDS a cada mês;
- A cada ano, 40 milhões e crianças morrem vítimas do aborto.

No Brasil:

- 4,7% das crianças e adolescentes apresentam algum tipo de deficiência. A incapacidade ou grande dificuldade permanente de enxergar é a deficiência de maior ocorrência;
- Em 2000, morreram, em média, 30 crianças antes de completar um ano de idade, por mil nascidas vivas;
- Cerca de 500 mil crianças com até cinco anos morrem anualmente no Brasil, sendo que 30% das mortes são causadas por diarréia;
- Há 36,8 mil jovens, com idade entre 13 e 14 anos, portadores do vírus da Aids. Desses, 23,3 mil são homens e 13,6 mil, mulheres. A maioria é heterossexual e contraiu o HIV durante relações sexuais;
- A mortalidade infantil na região do semi-árido brasileiro é superior à média nacional em 95% das suas cidades; e cerca de 33,8% dos óbitos das crianças com menos de um ano ocorrem por doenças que poderiam ser evitadas - grande parte devido à carência nutricional.


Exploração


No mundo:
- 250 milhões de crianças e adolescentes trabalham em todo o mundo;
- 300 mil adolescentes, com menos de 18 anos de idade, são explorados como soldados;
- 10 milhões de crianças e adolescentes são vítimas da indústria do sexo.

No Brasil:

- Cerca de 20 mil crianças e adolescentes, com idades entre 10 e 16 anos servem ao narcotráfico;
- Mais de meio milhão de crianças, com idade entre 10 e 17 anos, são exploradas como trabalhadoras domésticas.


Fontes: UNICEF, ONU, Fundação Getúlio Vargas, Family Policies Study Center, The Hindu, UN, World Vision, ILO, IBGE, Organização Internacional do Trabalho, Ministério da Saúde do Brasil, Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Censo Escolar 2003.

Sites consultados: www.redviva.org ; www.viva.org ; www.redeviva.org.br ; www.unicef.org.br ; www.andi.org.br