quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Infecção urinária

Infecção urinária Por Débora Carvalho Meldau A infecção urinária é uma patologia que afeta qualquer parte do aparelho urinário, desde os rins, a bexiga, até a uretra. É decorrente da presença de agentes infecciosos em alguma parte do sistema urinário, sendo que quando afeta os rins, recebe o nome de pielonefrite; quando acomete a bexiga, é chamada de cistite; quando atinge a uretra, recebe o nome de uretrite. A bactéria que habitualmente é responsável pelas infecções urinárias é a Escherichia coli, que compõe a flora intestinal normal dos seres humanos. Embora possa afetar indivíduos de ambos os sexos e de todas as idades, é mais comumente observada em mulheres. Todavia, essa relação é invertida durante o primeiro ano de vida, quando esta patologia é mais comum em meninos. A infecção urinária afeta mulheres com maior frequência, devido a fatores anatômicos, uma vez que a uretra desemboca próximo à entrada da vagina, local onde a flora bacteriana é abundante. Outro ponto que auxilia na ocorrência desse tipo de infecção, é o hábito de higiene após defecar ou urinar, levando o papel higiênico na direção ânus-vagina, facilitando a migração de bactérias intestinais até a vulva. Além disso, a uretra feminina é muito mais curta quando comparada com a masculina, facilitando o caminho desses microrganismos até a bexiga. A estase urinária também é um fator importante no desenvolvimento de infecções urinárias, já que a urina estagnada contribui com a proliferação bacteriana. Outros fatores que colaboram para o aparecimento de infecções urinárias são: Gravidez, pois nessa época da vida da mulher, há uma diminuição da defesa do organismo da mesma, bem como aumento do hormônio progesterona, que causa um relaxamento maior da bexiga, favorecendo a estase urinária; Diabetes; Climatério; Obstrução urinária, quando algum fator está impedindo o fluxo urinário; Inserção de corpos estranhos na uretra, pois estes podem carrear bactérias para o interior do trato urinário; Moléstias neurológicas, pois estas podem interferir no esvaziamento da bexiga; Doenças sexualmente transmissíveis; Infecções ginecológicas. Dentre as manifestações clínicas observadas em infecções do trato urinário estão: Dor e ardência ao urinar; Dificuldade para iniciar a micção; Urgência miccional; Vontade de urinar diversas vezes ao dia e em pequenas quantidades; Urina com mau odor e coloração alterada; Hematúria (urina com sangue) em certos casos. Quando a infecção alcança o rim, o quadro é mais preocupante, podendo o paciente apresentar febre, calafrios, dor lombar, náuseas e êmese. O diagnóstico é feito com base no quadro clínico apresentado pelo paciente, juntamente com exame de urina, o qual pode evidenciar a presença de bactérias na urina e também outros sinais que auxiliam no diagnóstico. A urocultura também costuma ser solicitada, sendo que esta ajuda na identificação da bactéria causadora da infecção. Em alguns pacientes, especialmente crianças e indivíduos com histórico de infecção urinária, se faz necessária a realização de exames de imagem, como a ultra-sonografia e radiografias com contraste das vias urinárias, entre outros. Estes exames auxiliam na evidenciação de defeitos congênitos que favorecem o desenvolvimento deste tipo de infecção. O tratamento é feito por meio do uso de antibióticos, sendo este normalmente escolhido de acordo com o resultado da urocultura. A duração do tratamento varia de acordo com o tipo de infecção urinária e o antibiótico de escolha. É de extrema importância que o tratamento seja realizado por completo, de acordo com a prescrição do médico, para evitar recidivas. A prevenção das infecções urinárias é feita através da adoção de algumas medidas: Ingestão de bastante líquido ao longo do dia; Evitar reter urina, devendo urinar sempre que sentir necessidade; Praticar relações sexuais com proteção; Urinar após as relações sexuais; Não utilizar antibióticos indiscriminadamente. Para as mulheres, outros cuidados também devem ser tomados, como: Limpar-se sempre de frente para trás, após utilizar o toalete; Lavar a região perianal depois de evacuar; Evitar o uso por longos períodos de absorvente íntimo; Evitar o uso constante de roupas íntima de tecido sintético. Fontes: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4781&ReturnCatID=1746 http://www.portaldeginecologia.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=30 http://www.copacabanarunners.net/infeccao-urinaria.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Infec%C3%A7%C3%A3o_do_trato_urin%C3%A1rio

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